Coldplay - Paradise
Eu e a minha prancha.
Eu e a minha prancha.
A distância, a velocidade, nada disso importa...
Não tenho um destino, vou para onde os ventos do acaso me levarem...
Eu conheci a precipitada exaltação da vitória e a dor torturante da derrota,
Mas jamais poderei deixar de buscar num oásis de sanidade nesse deserto de loucuras que os homens chamam de terra...
Pois o pior de todos os destinos, nestes incontáveis mundos e infinitas estrelas, é ser eternamente sozinho...(Surfista Prateado)
Vou compartilhar com vocês um texto que li já a algum tempo. Gosto muito de ler os texto da Regina Navarro, embora não concorde com todas as suas visões… ela prega um amor mais livre, até mesmo por mais de uma pessoa e tudo mais… tá… é perfeito em teoria, mas para mim não cabe na prática… to ficando velho e ainda sou meio romântico por mais engraçado que muitos achem kkk.
É, a vida mostra justamente estas consequências quando vemos pessoas perdendo sua individualidade, escravizando-se em nome deste suposto amor, ficando neuróticas, depositando ideais de felicidade no outro como alguém encantado que está lá para fazer-te feliz. Agora, como continuar agindo igual ao modo como representamos cada forma de sorrir! É melhor esquecer e fazer de conta que nunca precisamos nada mais do que isso?O amor romântico não é apenas uma forma de amor, mas todo um conjunto psicológico — ideais, crenças, atitudes e expectativas. Essas idéias coexistem no inconsciente das pessoas e dominam seus comportamentos, determinando como devem sentir e reagir. Ele não é construído na relação com a pessoa real, e sim sobre a idealização que se faz dela. Mas a proposta é muito sedutora. Que remédio melhor para o nosso desamparo do que a sensação de nos completarmos na relação com o outro? A partir daí, surgem crenças equivocadas como: quem ama não sente tesão por mais ninguém; o amado deve ser a única fonte de interesse; todos devem encontrar um dia a “pessoa certa”. Mas por mais encantamento que cause num primeiro momento, ele se torna opressivo por se opor à nossa individualidade.Assistimos a grandes transformações no mundo, e, no que diz respeito ao amor, o dilema atual se situa entre o desejo de simbiose — se fechar na relação com o parceiro — e o desejo de liberdade. Mas quando alguém alcança um estágio de desenvolvimento pessoal em que descobre o prazer de estar sozinho, se dá conta de uma profunda mudança interna.Preservar a própria individualidade passa a ser fundamental, e a idéia básica de fusão do amor romântico, em que os dois se tornam um só, deixa de ser atraente. Por enquanto, não há dúvida de que desejar viver relações de amor fora do modelo romântico pode ser frustrante. As pessoas são viciadas nesse tipo de amor e fica difícil encontrar parceiros que já tenham se libertado dele. Mas acredito ser apenas uma questão de tempo.Bonnie Kreps, cineasta canadense que escreveu um livro sobre o tema, diz que deixar o hábito de “apaixonar-se loucamente” para a novidade de entrar num tipo de amor sem projeções e idealizações também tem sua própria excitação.É a mesma sensação de utilizar novos músculos, que sempre tivemos, mas nunca usamos por causa de nosso modo de vida. No entanto, ao começar a utilizá-los podemos fazer com nosso corpo coisas que antes nunca conseguimos. Para ela, os músculos psicológicos também existem e devemos olhar através da camuflagem do mito do amor romântico a fim de encontrá-los – e, então, ver com o que se parecerá o amor quando mais pessoas começarem a flexioná-los.