Quem eu sou?

“Quem eu sou?” - deixa uma pergunta que está presente em todos nós. Quem nos tornamos? O que poderíamos ter sido? Quais caminhos escolhemos?. Essas dúvidas nós mesmos que devemos responder. Qualquer “homem simples” deve se questionar e encontrar a sua própria lógica, fora da imposição que lhe foi determinada pelo mundo. 


“The Logical Song”, segunda faixa do disco, que se tornou uma das músicas mais conhecidas do Supertramp e com o passar dos anos a marca registrada da banda para os ouvintes menos atentos aos outros LPs e à trajetória da banda como um todo. 

Nessa faixa, que traduzindo para o português podemos chamar de “Canção Lógica”, a letra expressa um pouco das angústias sobre os caminhos que seguiremos com o passar dos anos, fenômeno presente na trajetória de qualquer ser humano que vive, continua vivendo e traz memórias consigo mesmo. À primeira vista, a música parece ser simples, mas analisando bem ela possui uma profundidade crítica, nostálgica e atual, que oferece uma reflexão sobre o nosso crescimento pessoal, seus diferentes momentos e a consciência que tivemos deles. Podemos dizer que em nossa trajetória da vida, desde o seu começo, quando ainda éramos crianças, a nossa compreensão do mundo e da vida possuía certa “lógica” própria, que podemos associar a um momento mágico, magnífico e feliz. Como diz a letra:

Parecia que a vida era tão maravilhosa
Um milagre, oh ela era tão bonita, mágica
E todos os pássaros nas árvores
Estavam cantando tão felizes

Nesse momento da nossa vida (a infância), não tínhamos muitas responsabilidades sociais, dúvidas sobre o futuro e dúvidas sobre questões mais complexas como a política, o preço das mercadorias, o desemprego e por aí vai. No entanto, precisamos fazer uma breve consideração, pois nem todas as crianças possuem uma vida privilegiada, sem todas as preocupações, e, portanto, estamos nos referindo às pessoas de classes mais privilegiadas, que não precisaram trabalhar, viveram uma infância miserável na periferia ou abandono social. Assim, a transição é lógica e determina que mudanças precisam ocorrer em nossas vidas.


Ao crescermos, quando nos tornamos jovens, tudo se torna mais complicado. As responsabilidades aumentam com a possibilidade de constituir uma família, relacionamentos, arrumar um emprego, sair de casa e se dedicar aos estudos. Precisamos ser “lógicos”, “sensatos”, “práticos”, nos afastando daquele mundo que antes era um conto de fadas e nos aproximando de algo mais cruel e realista, cheio de manchetes que retratam problemas sobre violência, desigualdade social e a corrupção. Quebra-se a ilusão de que o mundo é mágico para entrar em seu lugar um mundo cínico e doente, que precisa ser pensado. É a estrutura lógica da vida que impõe essa transição entre o mundo infantil e a entrada na vida adulta. 

À medida que ficamos mais adultos, os julgamentos sobre a pessoa que você é tornam-se mais presentes (“liberal”, “fanático”), assim como os problemas pessoais (depressão, frustração, decepções). As pressões se intensificam, através da coerção, das normas e condutas que a sociedade espera de nós e devemos seguir, para não sairmos dessa lógica. Portanto, devemos ser aceitáveis, responsáveis, futuros burocratas presos em um escritório todo dia, trabalhando em algo que não nos realiza, decepcionados com o salário que sempre parece pouco para atender às nossas necessidades materiais.


Diante de tudo isso, a canção nos faz refletir sobre esses dois momentos (infância e vida adulta) e traz consigo o sentimento de nostalgia, de que o passado era melhor do que o presente momento. Talvez fosse, talvez não. O importante, segundo a composição, é não deixarmos de lado essa nostalgia para tentarmos sair em alguns momentos dessa estrutura lógica, mesmo apenas quando todo o mundo dorme, e carregar conosco esse espírito alegre e ingênuo que um dia foi vívido e que hoje apenas compartilha de cinismo e desesperança.

Creio que seja essa a reflexão trazida por esse clássico do Supertramp, que também encontra ecos em outra canção da banda, “School”, presente no excelente álbum Crime of the Century (1974) e que critica a função do ensino institucional em nossa sociedade. No entanto, essa análise fica para outro momento. O crítico Felipe Andrade, a quem eu dou todo o crédito, de relatar sobre a banda e demais assuntos, fala ainda de nos permitir que a imaginação nunca deixe de existir e que cada um descubra melhor a si mesmo em algum momento da vida. Achei fodastico. 






Decida, cuide-se


Cuide-se. Não dá para aguardar ou acreditar que alguém vá decidir por você.

O planeta não para, o dia voa e ninguém ama totalmente alguém ou conhece alguém de verdade.

Não irão te esperar ou operar para que as coisas mudem para você, o mundo gira e cabe somente você decidir esperar ou continuar. Está na hora de reparar no que realmente importa para não valorizar o que lhe é dispensável, supérfluo.

As miudezas são na verdade pequenas alegrias e um dia notaremos que no fundo são  grandes felicidades mas não podemos lamentar por não termos conseguido mantermos essa famosa felicidade, é necessário seguir.

É preciso aproveitar cada alegria, o seu momento presente é uma feliz oportunidade e devemos reconhecer que o tempo é mais que dinheiro, é uma vida.


Agradeça a Deus o dinamismo de sua vida e o presente precioso de cada instante para decidir mudanças que você deva realizar em sua mente. Eu tenho certeza que com minhas próprias convicções, poderei ser o agente dinamizador de meus melhores propósitos. 
É preciso realizar cada tarefa como uma missão nem que seja ou esteja você só, e o que for considerar como urgente e preciso fazê-lo imediatamente. 

Não deixe para depois o que for necessário fazer hoje para não deixar aberta a possibilidade de que esse amanha, não chegue jamais.

É tempo de se decidir...