Eu sou o que sou

Eu sofro do que chamo de sinceridade compulsiva. Sou tachado como chato pacaralho.
Se acho alguma coisa muito errada (ou feia), falo, fico puto mas nunca atoa. Se perguntam, respondo, gosto de um bom argumento e se não o tem, bom mesmo é se calar pois certamente vou esculachar. Mas com o tempo e o me ferrar 910 mil vezes por conta disso, aprendi a "omitir". Sair de fininho, fingir, não alongar conversas potencialmente perigosas, ouvir e me fingir de surdo, ficar mudo. Até desconverso.
Mas tento compensar as sinceridades desagradáveis dando mais atenção aos lados positivos...
... valorizando, admirando, motivando. Tipo: se a minha nega me fala que está gorda, não desenvolvo o assunto. Mas quando ela emagrece, dou parabéns várias vezes. Acho mais construtivo, e dentro da verdade. Uma verdade boa, honesta e gratificante.

Mas sim... vivemos em uma sociedade, e ela inclui a mentira e a hipocrisia também. Vejo que as pessoas mais hipócritas muitas vezes são mais bem-sucedidas profissionalmente e mais populares que as sinceras. A raiva surge com isso, bonzinho só se fo... mesmo. Talvez a mentira seja uma necessidade social e seja por isso que estamos nessa merda toda, parando de nos preocuparmos com quem valorizávamos mais e deixando que outras coisas se tornem prioridades. O problema é tomarem e se tornarem pratos principais de um conteúdo hoje vazio. 

Espero que curtam...

Xandy Oliveira