A religiosidade tem aparência a graça não

O senhor não daria banho a um leproso nem por um milhão de dólares? Eu também não. Só por amor se pode dar banho a um leproso. Madre Teresa de Calcuta

Foi por conta dessa frase que passei a ver a religiosidade com um outro olhar e também por uma visão comentada de um pastor, olhem só, não direcionando nada em prol de sua religião, e é claro que eu achei muito maneiro.
Apesar de fazer parte de uma religião, a religiosidade de Madre Teresa não penetrou em seu coração e isso é fantástico. Durante anos tentei entender ou seguir um caminho melhor, caminho que me direcionasse a paz de espirito. Ai surge um leque em minha vida que me proporciona um conhecimento vasto, não aprofundado mas que me faz ver a intenção da religião que pode até ser boa, conectar o que estava desconectado com o divino, mas Deus deixou claro que não é de competência da religião ligar o homem afastado por seus pecados ao seu Criador Deus. Diante das diversas propostas religiosas da época, Deus envia Cristo, não como fruto de uma ação conjugal humana mas exclusivamente divina.

Os seguidores da religião, amantes do sistema religioso, não conseguem amar o ser humano e nem sabem lidar com o diferente. Estão em todas as Igrejas/denominacionais recriminando a festa proporcionada pela graça, a exemplo do filho religioso que ficou murmurando do lado de fora da festa seus direitos pelo esforço que fazia para ser aceito pelo seu Pai.
Enquanto isso, o filho mais velho estava no campo. Quando se aproximou da casa, ouviu a música e a dança. Então chamou um dos servos e perguntou-lhe o que estava acontecendo. Este lhe respondeu: ‘Seu irmão voltou, e seu pai matou o novilho gordo, porque o recebeu de volta são e salvo’. “O filho mais velho encheu-se de ira, e não quis entrar. Então seu pai saiu e insistiu com ele. Mas ele respondeu ao seu pai: ‘Olha! todos esses anos tenho trabalhado como um escravo ao teu serviço e nunca desobedeci às tuas ordens. Mas tu nunca me deste nem um cabrito para eu festejar com os meus amigos. Mas quando volta para casa esse seu filho, que esbanjou os teus bens com as prostitutas, matas o novilho gordo para ele! ’ Disse o pai: ‘Meu filho, você está sempre comigo, e tudo o que tenho é seu. Mas nós tínhamos que comemorar e alegrar-nos, porque este seu irmão estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi achado’. Lucas 15:25-32
O religioso sempre tenta estragar a festa proporcionada pela Graça. Isso porque, um dos enganos de um religioso é pensar que seu trabalho e esforço para fazer a “obra” de Deus numa instituição religiosa o credencia a ter os olhares de Deus para recompensar a sua mais intensa dedicação. Um outro engano é achar que por trabalhar para Deus (evangelizar nas praças, nos ônibus, participar ativamente de todas as programações semanais da igreja, usar vestes apropriadas, se afastar de pessoas ímpias etc), promove no coração de Deus um amor especial, todo requintado em seu favor. Não, não mesmo! Deus fez festa para aquele que estava esquecido, no lamaçal do pecado, causado prejuízo financeiro e emocional para sua família, mas que resolveu voltar aos seus braços arrependido. Isso é graça! Que é totalmente incompreendida pela religiosidade. 
Enquanto Cristo diz que devemos amar o nosso próximo como amamos a nós mesmos (Mateus 22.39), o religioso “ama” todo aquele que entrar no sistema religioso. Por isso é tão fácil abandonar quem não conseguiu se vestir como eles, falar como eles, se dedicar a denominação como eles. Há uma luta incansável para colocar na mente do “decidido” as doutrinas pregadas pela denominação. 
A religiosidade tem aparência. A graça não. A moda da religiosidade parece ser confortável, mas quem decide vesti-la entra num sistema escravizador, visual e separativo. A graça ao meu ver, simplesmente não tem moda, não é visual nem procura separar. Quem resolve vestir a graça, percebe que não há o que vestir, é preciso antes se despir. Quem encontra a graça, vive pelado, nu. E foi difícil entender isso com um olhar sem religiosidade.  Não há barganhas, não há exigências, não há cor a não ser a cor da própria pele. Somos todos iguais, únicos, apresentados diante de Deus como fomos formados, sem interferências humanas. Nos apresentamos do jeito que somos, já que a moda procura esconder os defeitos de quem veste. E aprendemos a sermos aceitos por Deus da forma que somos, e descobrimos o poder transformador da graça, em nos tornar melhores do que somos. Esse é o Deus que muitos religiosos desconhecem. Precisamos pregá-lo e nos despir para encontrarmos essa tão graciosa graça. E eu sei que Ela chega.
Gladyston, o pastor terminou  todo o comentário dizendo que definitivamente, não faz parte do dicionário religioso o termo graça, favor de Deus por alguém que não merece. Pode-se até pregar sobre graça, mas assim como os Atenienses cultuavam religiosamente ao DEUS DESCONHECIDO, os religiosos atuais falam da graça, mas a desconhecem. Parei pra pensar à respeito.
Vivendo e tentando entender um pouquinho mais...